Hoje um belo dia de chuva e muito fria.
Pensei ao acordar; vou me dar folga e a tarde vai ser de pipoca, filme e chá. Ficou só no chá.
Logo de manhã me pediram uma foto e lá vou eu mexer no baú dos albúns e cada albúm, cada foto uma lembrança um período da vida desfilando à minha frente. Mesmos as fotos de momentos bons nos fazem recordar de momentos difíceis, muitas vezes de muros transpostos de tão grande se mostravam os obstáculos. Tudo passa, o remexer no baú também, fotos encontradas enviadas e vamos cuidar da vida.
Porém nada vem por acaso.
Há 34 anos atrás minha sogra voltou para casa espiritual e há 31 sua filha foi encontrá-la. Tudo isso vai fazendo um longo roteiro em nossa mente. Teria muito para escrever.....
Lembrei em especial de uma conversa entre nós em que ela falava de minhas cunhadas também casadas, uma filha e outra, nora. A certa altura da conversa perguntei-lhe e de mim o que ela tinha a dizer e me respondeu que nada por que não sabia nada da nossa vida (esse foi sempre um cuidado que tomei, porque sabia o quanto ela amava os filhos e consequente participar integralmente da vida deles); foi bom porque convivemos muito bem, nos gostando muito e tendo um bom relacionamento.
Essa lembrança me fez ver que hoje tenho 68 anos e as pessoas pouco sabem da minha vida, do meu sentir. Amo ouvir as pessoas contando suas histórias e elas sabem que serão ouvidas, mas eu sempre me preservei de intromissões que não sei falar de mim. Isso é ruim, ás vezes queria ser ouvida e acalentada também, mas cada um tem seu jeito e o meu é colocar no papel.
Às vezes escuto ou leio queria ter a facilidade de escrever como você e então respondo, você tem a facilidade de falar.
Cada um é cada um, o importante é que não guardemos tudo com a gente, para a tristeza, a angustia, a depressão não baterem à nossa porta como está acontecendo com muitas pessoas no momento atual que estamos vivendo. Esse momento também vai passar.