Há dias em que não sabemos como agir, ou qual a atitude que devemos tomar. São momentos em que somos tomados pela dó, pela pena por alguém. Nos esquecemos de que ninguém é digno de pena ou dó. Sempre temos sim que ser compassivos, amar, ter misericórdia pela pessoa, por suas atitudes, seus sentimentos.
Todos temos capacidade de sobrepujar nossos problemas, nossas dificuldades e quando isso não é possível por limites físicos, espirituais ou morais, sempre podemos contornar como o rio na natureza quando encontra um obstáculo no seu percurso; abrir novos caminhos por onde iremos continuar nossa vivência.
Se nos deixarmos tomar pela dó, tomamos para nós uma dor que não é nossa, que não nos foi dado viver, mas nos foi dado o compartilhar, amar, ser compassivo e quando possível caminhar, abrir novos caminhos ou sobrepujarmos juntos e não estagnarmos na situação pela pena.
Ajuda sempre teremos seja espiritual ou física. Cabe a nós querer aceitar ou ficar no nosso vitimismo, na nossa dor, na pena de nós mesmos. De resolvermos olhar para nosso interior e começarmos com um passo de cada vez nossa reforma intima, não ter pressa, não querer que tudo se resolva em um passe de mágica, não existe mágica, existe esforço, luta interior, lágrimas de alegria a cada pequena vitória, a paz de saber que nos aceitamos e estamos fazendo o que nos cabe fazer para sobrepujar ou contornar o que não está bem em nossa vida. Aprendendo a cada passo que tudo segue na consciência moral, no amor, no perdão, na alegria, no consenso que tudo parte do nosso interior, do desejo de querer prosseguir a caminhada em harmonia com o amor.
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quinta-feira, 8 de junho de 2017
domingo, 31 de julho de 2016
Uma Vida de Paixões
Cecília sempre foi uma mulher apaixonada pela vida.
Casou, teve filhos, ativa e sonhadora. Sonhava com amores, paixões mescladas de amor e ódio. Muitas e muitas vezes olhava para a calma do companheiro e em sua mente vinham paixões passadas, de outras vidas e embora amasse seu companheiro, sua família sentia que não encontrara o amado a quem seu coração pertencia pela eternidade. Um dia seu companheiro partiu e Cecília fechou seu coração., mas não conseguiu fechar suas lembranças.
Em sua longa vida de espírito livre tantas paixões e tantos amores haviam batido em sua porta, este havia sido um refrigério, uma amigo que caminhava a seu lado ensinando e aprendendo.
O tempo, há o tempo foi passando e Cecília começou a sentir saudade de seu eterno amado, e um carinho por seu companheiro que partira.
Um dia a saudade era tão intensa que Cecília queria sair, queria encontrá-lo em qualquer esquina da vida, porém sabia que não era possível, sua dívida era grande para com o amor, errara muito por causa desse amor. Sabia que precisava primeiro resgatar o amor nela mesma, o amor que não soubera manter puro em seu coração e chorou... chorou muito...
Perdida em seus pensamentos Cecília vai caminhando à beira-mar e vai relembrando tantos momentos diferentes em que puderam estar juntos, momentos marcados por separações dolorosas, em que o ódio, a mágoa, a revolta e a vingança são a tônica dessas vidas.
Casou, teve filhos, ativa e sonhadora. Sonhava com amores, paixões mescladas de amor e ódio. Muitas e muitas vezes olhava para a calma do companheiro e em sua mente vinham paixões passadas, de outras vidas e embora amasse seu companheiro, sua família sentia que não encontrara o amado a quem seu coração pertencia pela eternidade. Um dia seu companheiro partiu e Cecília fechou seu coração., mas não conseguiu fechar suas lembranças.
Em sua longa vida de espírito livre tantas paixões e tantos amores haviam batido em sua porta, este havia sido um refrigério, uma amigo que caminhava a seu lado ensinando e aprendendo.
O tempo, há o tempo foi passando e Cecília começou a sentir saudade de seu eterno amado, e um carinho por seu companheiro que partira.
Um dia a saudade era tão intensa que Cecília queria sair, queria encontrá-lo em qualquer esquina da vida, porém sabia que não era possível, sua dívida era grande para com o amor, errara muito por causa desse amor. Sabia que precisava primeiro resgatar o amor nela mesma, o amor que não soubera manter puro em seu coração e chorou... chorou muito...
Perdida em seus pensamentos Cecília vai caminhando à beira-mar e vai relembrando tantos momentos diferentes em que puderam estar juntos, momentos marcados por separações dolorosas, em que o ódio, a mágoa, a revolta e a vingança são a tônica dessas vidas.
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sábado, 30 de julho de 2016
Equilíbrio e Harmonia
O dia amanheceu cinza como seu coração. A dúvida estava dentro e fora dela.
Será que chove? Será que vou ou não vou? Já faz tanto tempo, passaram-se anos, parecia que tudo estava resolvido e esquecido; de repente um simples pensamento vindo não se sabe da onde ao acordar trouxe tudo novamente como se estivesse acontecendo naquele instante.
Dor? muita.
Saudade? Imensa.
Dúvidas? Todas.
Somos seres de múltiplas faces, de múltiplas vidas, de pensamentos e sentimentos que vão ao sabor das marés, ao sabor do vento.
Quanta controvérsia em nós. Estamos alegres e basta uma folha cair para viajarmos longe em nossos pensamentos e nosso humor já muda.
Buscamos o equilíbrio e não sabemos onde procurá-lo, quando ele está dentro de nós. No amor que temos, no perdão que damos, principalmente a nós mesmos, no não nos deixarmos levar por fantasias que não nos levam a nada e a lugar nenhum.
O equilíbrio e a harmonia interior são conquistas diárias nas nossas lutas por sermos melhores, não melhores para o outro o que já ajuda e muito, mas melhores conosco, não nos criticando por qualquer coisinha, deixando-nos embrutecer com o que o outro fá-la ou faz; percebendo a cada dia o que nos dá paz e tranquilidade e usando nos momentos de turbulência. Amor e harmonia são mais que sentimentos ou estado de alma, são a centelha divina em nós agindo a nosso favor e irradiando ao nosso redor com gestos de gentileza, respeito e caridade.
Ao olhar uma nesga de sol que aparecia, ela percebeu que havia deixado se perturbar por pensamentos que não mais deveriam perturbá-la e recolheu-se com a nesga de luz que viu e foi irradiando essa luz para cada pensamento nebuloso e recuperando a harmonia interior percebeu a fragilidade que é cada um de nós.
Será que chove? Será que vou ou não vou? Já faz tanto tempo, passaram-se anos, parecia que tudo estava resolvido e esquecido; de repente um simples pensamento vindo não se sabe da onde ao acordar trouxe tudo novamente como se estivesse acontecendo naquele instante.
Dor? muita.
Saudade? Imensa.
Dúvidas? Todas.
Somos seres de múltiplas faces, de múltiplas vidas, de pensamentos e sentimentos que vão ao sabor das marés, ao sabor do vento.
Quanta controvérsia em nós. Estamos alegres e basta uma folha cair para viajarmos longe em nossos pensamentos e nosso humor já muda.
Buscamos o equilíbrio e não sabemos onde procurá-lo, quando ele está dentro de nós. No amor que temos, no perdão que damos, principalmente a nós mesmos, no não nos deixarmos levar por fantasias que não nos levam a nada e a lugar nenhum.
O equilíbrio e a harmonia interior são conquistas diárias nas nossas lutas por sermos melhores, não melhores para o outro o que já ajuda e muito, mas melhores conosco, não nos criticando por qualquer coisinha, deixando-nos embrutecer com o que o outro fá-la ou faz; percebendo a cada dia o que nos dá paz e tranquilidade e usando nos momentos de turbulência. Amor e harmonia são mais que sentimentos ou estado de alma, são a centelha divina em nós agindo a nosso favor e irradiando ao nosso redor com gestos de gentileza, respeito e caridade.
Ao olhar uma nesga de sol que aparecia, ela percebeu que havia deixado se perturbar por pensamentos que não mais deveriam perturbá-la e recolheu-se com a nesga de luz que viu e foi irradiando essa luz para cada pensamento nebuloso e recuperando a harmonia interior percebeu a fragilidade que é cada um de nós.
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quarta-feira, 27 de julho de 2016
Em Busca da Menina que Ficou
Uma menina de oito anos olha o mar e o barco que a levará embora para muito longe ao encontro de seu pai que já partiu há algum tempo neste mesmo barco.
Ela compreende que esta partida não terá volta, que uma parte dela aí ficará para sempre com seus sonhos, sua alegre infância embora solitária sem amigos, mas tinha seu próprio mundo e o amor de seus pais. Agora começava a fazer amiguinhas na escola e tinha que deixar tudo isso pela promessa de uma vida melhor para todos. Ela não entendia o que poderia ser melhor que ir na escola aprender a ler sozinha, a escrever o que lhe vinha na cabeça, brincar com seus poucos brinquedos e sua tão amada boneca de olhos azuis.
Ela não chorava, no coração tinha a alegria de abraçar o pai em breve, o sonho de uma nova escola e a possibilidade de finalmente ter amigos reais para brincar.
Ela partiu e uma parte dela ficou ali em cada parte em que ela viveu desde que nasceu.
Como tantas crianças que partiram daquela terra e de outras com a esperança que um dia voltariam e a menina que partiu e a que ficou se encontrariam e seriam uma só.
Quem parte nunca é plenamente feliz, sempre fica um doce chamado do que não vivemos e a saudade do que deixamos.
Vamos crescendo, formando nossas vidas, famílias, envelhecemos e um dia voltamos, olhamos aquele mar, aquele lugar e resgatamos aquela menina, ouvimos pessoas falando com orgulho de não terem ido embora e então percebemos que temos orgulho da terra em que nascemos, mas nos rumos que tomamos pro vontade própria ou não temos orgulho da terra que nos recebeu de braços abertos e que vamos levar nossa menina junto.
As lembranças passam a ser mais doces, os lugares mais bonitos, não estamos mais presos ao que poderia ter sido, ao eu era feliz naquela vida simples, carente de muitas coisas, mas com alegria vemos que a simplicidade continua a existir, mas quem ficou tem tudo o que precisa e até mais que nós que partimos.
Não importa a idade que temos recuperar a alegria da infância interrompida sempre é bom e nos abre para novas perspectivas, nos tira do tipo que acabamos criando para nós mesmos, nos faz perceber que em qualquer época de nossas vidas temos que ser inteiros em tudo. Perdas sempre vamos ter, saber vive-las é sabedoria que não tem preço, viver a simplicidade em nosso eu interior sem imposições, negações, hábitos e pré conceitos, o segredo para ser feliz.
Ela compreende que esta partida não terá volta, que uma parte dela aí ficará para sempre com seus sonhos, sua alegre infância embora solitária sem amigos, mas tinha seu próprio mundo e o amor de seus pais. Agora começava a fazer amiguinhas na escola e tinha que deixar tudo isso pela promessa de uma vida melhor para todos. Ela não entendia o que poderia ser melhor que ir na escola aprender a ler sozinha, a escrever o que lhe vinha na cabeça, brincar com seus poucos brinquedos e sua tão amada boneca de olhos azuis.
Ela não chorava, no coração tinha a alegria de abraçar o pai em breve, o sonho de uma nova escola e a possibilidade de finalmente ter amigos reais para brincar.
Ela partiu e uma parte dela ficou ali em cada parte em que ela viveu desde que nasceu.
Como tantas crianças que partiram daquela terra e de outras com a esperança que um dia voltariam e a menina que partiu e a que ficou se encontrariam e seriam uma só.
Quem parte nunca é plenamente feliz, sempre fica um doce chamado do que não vivemos e a saudade do que deixamos.
Vamos crescendo, formando nossas vidas, famílias, envelhecemos e um dia voltamos, olhamos aquele mar, aquele lugar e resgatamos aquela menina, ouvimos pessoas falando com orgulho de não terem ido embora e então percebemos que temos orgulho da terra em que nascemos, mas nos rumos que tomamos pro vontade própria ou não temos orgulho da terra que nos recebeu de braços abertos e que vamos levar nossa menina junto.
As lembranças passam a ser mais doces, os lugares mais bonitos, não estamos mais presos ao que poderia ter sido, ao eu era feliz naquela vida simples, carente de muitas coisas, mas com alegria vemos que a simplicidade continua a existir, mas quem ficou tem tudo o que precisa e até mais que nós que partimos.
Não importa a idade que temos recuperar a alegria da infância interrompida sempre é bom e nos abre para novas perspectivas, nos tira do tipo que acabamos criando para nós mesmos, nos faz perceber que em qualquer época de nossas vidas temos que ser inteiros em tudo. Perdas sempre vamos ter, saber vive-las é sabedoria que não tem preço, viver a simplicidade em nosso eu interior sem imposições, negações, hábitos e pré conceitos, o segredo para ser feliz.
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quarta-feira, 18 de maio de 2016
Uma carta para mim
Quantos de nós nunca nos vimos. Um dia começamos a tirar as máscaras de cada dia, de cada ano, as máscaras que carregamos pela vida, pela eternidade.
A vida são momentos que percebemos nossas realidades interiores. Quando tiramos a máscara social, da perfeição, o que vemos é um ser frágil, que tem medos e tenta superá-los; muitas vezes os mascaramos com outros nomes. A insegurança está ali presente encoberta por uma folha fina de fortaleza. A sabedoria cobrindo a ignorância , a alegria mascarando as magoas, as raivas, o choro, a dor.
Um dia uma simples pergunta que não lembro de onde veio, mas está latejando em meu interior.
"Do que tenho medo?"
A primeira resposta, a surpresa, o que essa pergunta quer dizer? Não estou com medo de nada, aprendi a ser confiante, a resolver as situações, a me bastar, a estar presente quando me solicitam.
Deixei para trás nestes longos anos da vida tantos medos, tantos sentimentos que neste momento não cabem mais na minha vida.
"Do que tenho medo?"
As lembranças vão surgindo, as pessoas, os momentos tristes e alegres, as dificuldades e as superações; a história vai sendo montada como um quadro com partes bonitas de cores alegres, outras sombreadas, cores até mesmo ausentes e com elas as lágrimas vão rolando, não são de dor, podem ser de saudade, podem ser de vazio, de alegria, de momentos guardados que não puderam ser derramadas e silenciosamente vão fazendo seu caminho rolando de mansinho por minhas faces como um regato em um doce remanso.
Aos poucos elas param e fica uma doce calma. A pergunta volta:
"Do que tenho medo?"
Hora de responder para essa alma sedenta de vida. Tenho medo da vida, do que está por vir, do desconhecido, das novas experiências, de cometer os mesmos erros, ou cometer erros piores.
O que é errar alguém me pergunta. Errar é não corresponder ao que esperam de nós e termos medo das consequências.
A vida é repleta de erros e acertos, cada um tem uma expectativa em relação ao outro e a si mesmo.
Quando erramos, não erramos para o outro, erramos para nós mesmos, para as nossas expectativas de perfeição em nós e o medo que se instala não é do castigo, das consequências, é do nosso orgulho que se trincou, rachou, na nossa onipotência infalível.
"Do que tenho medo?"
Tenho medo de me decepcionar mais vezes comigo mesma, por atitudes, sentimentos que muitas vezes julguei ter e não tenho; tenho medo de ver as expectativas, as esperanças ruírem; deste dar a cara, me mostrar por inteiro e não ser compreendida, como ninguém é inteiramente, cada um é cada um e vê as coisas do seu modo.
É confortável ficar na nossa redoma onde vamos trocando o que não gostamos pelo que gostamos, porém quando vemos a simplicidade de Deus e queremos que essa simplicidade que existe em cada um de nós aflore, vemos como é rodeada por tantos sentimentos e estacas que colocamos ao seu redor e que vamos mostrando para o mundo como máscaras.
"Do que tenho medo?"
De viver a simplicidade de Deus, que acalma e afaga a alma, de julgar e ser julgada, de dar e receber, de amar com simplicidade e ser amada do mesmo jeito, de abrir a janela da alma e ver a luz que vem de dentro se encontrar com a luz que vem de fora no peitoril da janela e não ser capaz de viver essa luz na sua grandiosidade. Tantas vidas falhando, mais uma oportunidade sendo desperdiçada por medos, por palavras, por inseguranças.
A luz aquece a alma ao se encontrar interior com exterior, palavras se calam e fica no coração o caminho da luz a seguir e perceber que medo não existe, existe orgulho de querer ser o que não se é.
A vida são momentos que percebemos nossas realidades interiores. Quando tiramos a máscara social, da perfeição, o que vemos é um ser frágil, que tem medos e tenta superá-los; muitas vezes os mascaramos com outros nomes. A insegurança está ali presente encoberta por uma folha fina de fortaleza. A sabedoria cobrindo a ignorância , a alegria mascarando as magoas, as raivas, o choro, a dor.
Um dia uma simples pergunta que não lembro de onde veio, mas está latejando em meu interior.
"Do que tenho medo?"
A primeira resposta, a surpresa, o que essa pergunta quer dizer? Não estou com medo de nada, aprendi a ser confiante, a resolver as situações, a me bastar, a estar presente quando me solicitam.
Deixei para trás nestes longos anos da vida tantos medos, tantos sentimentos que neste momento não cabem mais na minha vida.
"Do que tenho medo?"
As lembranças vão surgindo, as pessoas, os momentos tristes e alegres, as dificuldades e as superações; a história vai sendo montada como um quadro com partes bonitas de cores alegres, outras sombreadas, cores até mesmo ausentes e com elas as lágrimas vão rolando, não são de dor, podem ser de saudade, podem ser de vazio, de alegria, de momentos guardados que não puderam ser derramadas e silenciosamente vão fazendo seu caminho rolando de mansinho por minhas faces como um regato em um doce remanso.
Aos poucos elas param e fica uma doce calma. A pergunta volta:
"Do que tenho medo?"
Hora de responder para essa alma sedenta de vida. Tenho medo da vida, do que está por vir, do desconhecido, das novas experiências, de cometer os mesmos erros, ou cometer erros piores.
O que é errar alguém me pergunta. Errar é não corresponder ao que esperam de nós e termos medo das consequências.
A vida é repleta de erros e acertos, cada um tem uma expectativa em relação ao outro e a si mesmo.
Quando erramos, não erramos para o outro, erramos para nós mesmos, para as nossas expectativas de perfeição em nós e o medo que se instala não é do castigo, das consequências, é do nosso orgulho que se trincou, rachou, na nossa onipotência infalível.
"Do que tenho medo?"
Tenho medo de me decepcionar mais vezes comigo mesma, por atitudes, sentimentos que muitas vezes julguei ter e não tenho; tenho medo de ver as expectativas, as esperanças ruírem; deste dar a cara, me mostrar por inteiro e não ser compreendida, como ninguém é inteiramente, cada um é cada um e vê as coisas do seu modo.
É confortável ficar na nossa redoma onde vamos trocando o que não gostamos pelo que gostamos, porém quando vemos a simplicidade de Deus e queremos que essa simplicidade que existe em cada um de nós aflore, vemos como é rodeada por tantos sentimentos e estacas que colocamos ao seu redor e que vamos mostrando para o mundo como máscaras.
"Do que tenho medo?"
De viver a simplicidade de Deus, que acalma e afaga a alma, de julgar e ser julgada, de dar e receber, de amar com simplicidade e ser amada do mesmo jeito, de abrir a janela da alma e ver a luz que vem de dentro se encontrar com a luz que vem de fora no peitoril da janela e não ser capaz de viver essa luz na sua grandiosidade. Tantas vidas falhando, mais uma oportunidade sendo desperdiçada por medos, por palavras, por inseguranças.
A luz aquece a alma ao se encontrar interior com exterior, palavras se calam e fica no coração o caminho da luz a seguir e perceber que medo não existe, existe orgulho de querer ser o que não se é.
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sexta-feira, 15 de abril de 2016
Novo Olhar
Hoje meus olhos se abriram e viram o velho como novo; quantas mudanças, quantas arestas aparadas.
O novo não precisa ser novidade, pode ser o velho renovado, recriado, repensado, modificado, melhorado, porém a essência, o espírito continua o mesmo. aquela centelha divina nos dando vida e que por tanto tempo e por tantas vezes fica apagada em nosso ser em nossa alma.
Ela quer brilhar nos iluminando o caminho, os passos, as decisões e não permitimos porque queremos grandes respostas, grandes acontecimentos e não a simplicidade do ser, do existir.
O que é a vida?
Nascer, crescer, envelhecer, morrer e assim ir repetindo por toda a eternidade?
O que é a vida?
Nos surpreendemos quando ouvimos que alguém morreu, mas por acaso não morremos a cada vez que adormecemos e não nascemos a cada despertar?
Nossa vida é um eterno despertar. Não importa se aqui, se na eternidade do universo ou dentro de cada um de nós. O que importa é o despertar e como despertamos.
Se despertamos com a centelha divina brilhando em nós saberemos sempre o rumo certo, mesmo remando contra todas as marés, sempre a veremos brilhar á nossa frente.
Se despertamos com a centelha divina coberta por magoas, pensamentos negativos, rancores e ódios, não temos a certeza do rumo a seguir e seguiremos para onde a maré nos levar.
Somos importantes demais para nos deixarmos levar por uma centelha de luz interior, isso é para os fracos, tudo gira ao meu redor, tenho tanto a fazer, a pensar, a decidir, tantos dependem de mim, de minhas decisões, não posso parar por bobagens de quem não se importa em crescer na vida.
Um dia uma doença, um acontecimento, uma perda irreparável e penso o que fiz da minha vida? Onde me perdi? Onde deixei meu eu?
Agora como farei e o que fazer? Para onde correr? estou só, parece que o mundo parou e não tenho como continuar; tantas pessoas ao meu redor e estou só, não me conheço, não sei como prosseguir...
Sou eu frente ao universo desconhecido. A centelha começa a brilhar e começo a ver ao meu redor quanta vida não vivida, quanta beleza não vista ou vista superficialmente porque era bonito de ver.
Quantos sons não percebidos, o pulsar da vida dentro de nós.
Vivi dentro de uma caixa que era levada ao sabor das ondas calma, ou tortuosas ou muitas vezes submergindo e subindo novamente.
O que mudou?
Quando o mundo parou a caixa se despedaçou, tive que sair, ver, ouvir e sentir; continuava só, mas o calor da centelha não permitia o isolamento, ficara tantos anos submersa por tantas coisas que agora queria, exigia liberdade.
Liberdade tem um preço e muitas vezes alto. Ficamos diferentes, dizemos sim e não de acordo com nossa vontade, seguimos nossos sentimentos. Muitos nos deixam, outros deixamos nós, a responsabilidade para com o nosso eu aumenta, começamos a perceber o valor de cada passo, de cada amanhecer, de cada despertar. Muitas e muitas vezes dói muito e a cachoeira das lágrimas brota com força total, a força do espírito que está ali lavando tudo, não permitindo que nos afoguemos na piedade, no vitimismo, a coragem é fraca mas está ali de mãos estendidas para que a tomemos e sigamos com nossos passos.
Era fácil pensar seguindo a maré, agora pensamos pelo nosso eu e muitas vezes nos parece impossível prosseguir; ficamos perdidos, carentes, confusos com vontade de abandonar tudo e deixar a vida correr ou terminar ali.
O espírito agora se libertou e precisa prosseguir rumo ao eu livre e sempre nos mostra uma saída, um rumo, fácil ou difícil depende do momento a seguir.
Cabe a nós querermos realmente essa liberdade de um novo olhar ou voltarmos para uma nova caixa ao sabor da maré.
O novo não precisa ser novidade, pode ser o velho renovado, recriado, repensado, modificado, melhorado, porém a essência, o espírito continua o mesmo. aquela centelha divina nos dando vida e que por tanto tempo e por tantas vezes fica apagada em nosso ser em nossa alma.
Ela quer brilhar nos iluminando o caminho, os passos, as decisões e não permitimos porque queremos grandes respostas, grandes acontecimentos e não a simplicidade do ser, do existir.
O que é a vida?
Nascer, crescer, envelhecer, morrer e assim ir repetindo por toda a eternidade?
O que é a vida?
Nos surpreendemos quando ouvimos que alguém morreu, mas por acaso não morremos a cada vez que adormecemos e não nascemos a cada despertar?
Nossa vida é um eterno despertar. Não importa se aqui, se na eternidade do universo ou dentro de cada um de nós. O que importa é o despertar e como despertamos.
Se despertamos com a centelha divina brilhando em nós saberemos sempre o rumo certo, mesmo remando contra todas as marés, sempre a veremos brilhar á nossa frente.
Se despertamos com a centelha divina coberta por magoas, pensamentos negativos, rancores e ódios, não temos a certeza do rumo a seguir e seguiremos para onde a maré nos levar.
Somos importantes demais para nos deixarmos levar por uma centelha de luz interior, isso é para os fracos, tudo gira ao meu redor, tenho tanto a fazer, a pensar, a decidir, tantos dependem de mim, de minhas decisões, não posso parar por bobagens de quem não se importa em crescer na vida.
Um dia uma doença, um acontecimento, uma perda irreparável e penso o que fiz da minha vida? Onde me perdi? Onde deixei meu eu?
Agora como farei e o que fazer? Para onde correr? estou só, parece que o mundo parou e não tenho como continuar; tantas pessoas ao meu redor e estou só, não me conheço, não sei como prosseguir...
Sou eu frente ao universo desconhecido. A centelha começa a brilhar e começo a ver ao meu redor quanta vida não vivida, quanta beleza não vista ou vista superficialmente porque era bonito de ver.
Quantos sons não percebidos, o pulsar da vida dentro de nós.
Vivi dentro de uma caixa que era levada ao sabor das ondas calma, ou tortuosas ou muitas vezes submergindo e subindo novamente.
O que mudou?
Quando o mundo parou a caixa se despedaçou, tive que sair, ver, ouvir e sentir; continuava só, mas o calor da centelha não permitia o isolamento, ficara tantos anos submersa por tantas coisas que agora queria, exigia liberdade.
Liberdade tem um preço e muitas vezes alto. Ficamos diferentes, dizemos sim e não de acordo com nossa vontade, seguimos nossos sentimentos. Muitos nos deixam, outros deixamos nós, a responsabilidade para com o nosso eu aumenta, começamos a perceber o valor de cada passo, de cada amanhecer, de cada despertar. Muitas e muitas vezes dói muito e a cachoeira das lágrimas brota com força total, a força do espírito que está ali lavando tudo, não permitindo que nos afoguemos na piedade, no vitimismo, a coragem é fraca mas está ali de mãos estendidas para que a tomemos e sigamos com nossos passos.
Era fácil pensar seguindo a maré, agora pensamos pelo nosso eu e muitas vezes nos parece impossível prosseguir; ficamos perdidos, carentes, confusos com vontade de abandonar tudo e deixar a vida correr ou terminar ali.
O espírito agora se libertou e precisa prosseguir rumo ao eu livre e sempre nos mostra uma saída, um rumo, fácil ou difícil depende do momento a seguir.
Cabe a nós querermos realmente essa liberdade de um novo olhar ou voltarmos para uma nova caixa ao sabor da maré.
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O Despertar
O dia está amanhecendo, está despertando. Uma nova vida nascendo, vidas recomeçando.
Com que cores, sabores, odores, tons e sons este dia será preenchido?
Com o ranço da mágoa ou com o perfume do perdão, da esperança, da paciência, do amor?
Este dia é todo meu, é da vida, do Universo.
Cada pensamento que brota um novo matiz, alguns são alegres, coloridos, outros escuros, sombrios, mas valorizando o colorido, são tão fugazes; vem e vão como um sopro.
A brisa leve nos refresca, renova e acalma. Dá um novo sabor, um tempero especial, próprio, de ninguém mais.
Hoje somente hoje, agora, neste instante, não quero deixar passar; quero fazer da minha vida uma tela com minhas próprias cores, sejam alegres, vibrantes ou escuras e sombrias mas que sejam com as cores da alma. Ao vê-las na tela compreender minha vida e então começar, recomeçar, alterar cores, sabores e odores. Temperar cada cor com os sentimentos da alma e durante o dia ir colocando os nuances para o equilíbrio da obra. Deixar a brisa tomar conta de tudo e o som do universo me embalar em um dia que era novo e com o brilho das estrelas e o luar vai transformando em um novo amanhã, em um novo despertar.
Com que cores, sabores, odores, tons e sons este dia será preenchido?
Com o ranço da mágoa ou com o perfume do perdão, da esperança, da paciência, do amor?
Este dia é todo meu, é da vida, do Universo.
Cada pensamento que brota um novo matiz, alguns são alegres, coloridos, outros escuros, sombrios, mas valorizando o colorido, são tão fugazes; vem e vão como um sopro.
A brisa leve nos refresca, renova e acalma. Dá um novo sabor, um tempero especial, próprio, de ninguém mais.
Hoje somente hoje, agora, neste instante, não quero deixar passar; quero fazer da minha vida uma tela com minhas próprias cores, sejam alegres, vibrantes ou escuras e sombrias mas que sejam com as cores da alma. Ao vê-las na tela compreender minha vida e então começar, recomeçar, alterar cores, sabores e odores. Temperar cada cor com os sentimentos da alma e durante o dia ir colocando os nuances para o equilíbrio da obra. Deixar a brisa tomar conta de tudo e o som do universo me embalar em um dia que era novo e com o brilho das estrelas e o luar vai transformando em um novo amanhã, em um novo despertar.
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
O Quebra-Cabeças
Passando em uma loja e vi o quebra-cabeças na vitrine. Me encantei. Entrei na loja, comprei e fui para casa com a ansiedade tomando conta. Quero montá-lo.
Olhei mais uma vez a caixa com seu lindo desenho e decidi vou começar já. Joguei o conteúdo da caixa na mesa e comecei a procurar as peças que se encaixassem. Enquanto ia montando com muitas tentativas, alegrias, frustrações, tristeza, raivas, vontade de desistir, de deixar pra lá, depois eu faço, depois eu tento, cansei e sempre tentando, sou paciente e determinada quando quero fazer alguma coisa, mesmo assim a impaciência foi tomando conta junto com a frustração.
Enquanto olhava aquelas peças que não se encaixavam em lugar nenhum fui pensando na vida. Nascemos e é como se um grande quebra-cabeças fosse colocado em nossa frente. Sempre pensei que era quebra-cabeça porque afinal sou eu que monto, mas o jogo é igual à vida sempre envolve mais pessoas e são várias cabeças montando nem que seja uma única e importante peça.
Na nossa vida também é assim, vamos dia a dia, momento a momento, encaixando novas peças; às vezes acertemos, outras não, tentamos novamente e quantas pessoas passam ao longo dos anos, ajudando, colocando a peça que faltava para impulsionar nossa vontade de continuar, outras olham e desistem, outras sentam ao nosso lado e tentam conosco, outras na ansiedade de ajudar desmancham o que com tanto esforço conseguimos montar. Sabemos, vimos que não foi intencional, assim fazemos nós ao longo da vida, com uma palavra , com um gesto destruímos o que foi conquistado. Ficamos frustrados. A vida é um jogo de vários quebra-cabeças, precisamos jogá-los sabendo de todos os sentimentos envolvidos e saber recomeçar a cada nova peça, a cada novo jogo.
Como é gratificante quando e bonito quando vemos o desenho quase pronto. Temos mais vontade e determinação de terminar. Quando terminamos quanto orgulho e alegria, chamamos todos para verem, para participar conosco da nossa conquista..
E agora o que fazer? Desmanchar, guardar e em outra oportunidade montar de novo? Colar peça a peça e fazer um quadro e daqui a alguns dias nem olhar para ele porque temos novos desafios?
Nossa vida é assim a cada desafio vencido surge outro; muitas vezes os quadros não são bonitos ou fáceis, mas quando conseguimos montá-los quanta alegria e olhando novamente vemos que não era tão feio como parecia.
Parece que Deus muda nossa nosso olhar quando conseguimos montar o quebra-cabeças, ficamos mais pacientes, determinados , temos mais vontade de começar e recomeçar quantas vezes for necessário. Aprendemos a valorizar quem esteve conosco nesses momentos e não nos supervalorizar-mos, nunca fazemos nada totalmente sozinhos.
Quando o quebra-cabeças da nossa vida vida está totalmente pronto Deus vem recolhe as peças coloca na caixa esperando o novo momento de ser montado novamente.
Olhei mais uma vez a caixa com seu lindo desenho e decidi vou começar já. Joguei o conteúdo da caixa na mesa e comecei a procurar as peças que se encaixassem. Enquanto ia montando com muitas tentativas, alegrias, frustrações, tristeza, raivas, vontade de desistir, de deixar pra lá, depois eu faço, depois eu tento, cansei e sempre tentando, sou paciente e determinada quando quero fazer alguma coisa, mesmo assim a impaciência foi tomando conta junto com a frustração.
Enquanto olhava aquelas peças que não se encaixavam em lugar nenhum fui pensando na vida. Nascemos e é como se um grande quebra-cabeças fosse colocado em nossa frente. Sempre pensei que era quebra-cabeça porque afinal sou eu que monto, mas o jogo é igual à vida sempre envolve mais pessoas e são várias cabeças montando nem que seja uma única e importante peça.
Na nossa vida também é assim, vamos dia a dia, momento a momento, encaixando novas peças; às vezes acertemos, outras não, tentamos novamente e quantas pessoas passam ao longo dos anos, ajudando, colocando a peça que faltava para impulsionar nossa vontade de continuar, outras olham e desistem, outras sentam ao nosso lado e tentam conosco, outras na ansiedade de ajudar desmancham o que com tanto esforço conseguimos montar. Sabemos, vimos que não foi intencional, assim fazemos nós ao longo da vida, com uma palavra , com um gesto destruímos o que foi conquistado. Ficamos frustrados. A vida é um jogo de vários quebra-cabeças, precisamos jogá-los sabendo de todos os sentimentos envolvidos e saber recomeçar a cada nova peça, a cada novo jogo.
Como é gratificante quando e bonito quando vemos o desenho quase pronto. Temos mais vontade e determinação de terminar. Quando terminamos quanto orgulho e alegria, chamamos todos para verem, para participar conosco da nossa conquista..
E agora o que fazer? Desmanchar, guardar e em outra oportunidade montar de novo? Colar peça a peça e fazer um quadro e daqui a alguns dias nem olhar para ele porque temos novos desafios?
Nossa vida é assim a cada desafio vencido surge outro; muitas vezes os quadros não são bonitos ou fáceis, mas quando conseguimos montá-los quanta alegria e olhando novamente vemos que não era tão feio como parecia.
Parece que Deus muda nossa nosso olhar quando conseguimos montar o quebra-cabeças, ficamos mais pacientes, determinados , temos mais vontade de começar e recomeçar quantas vezes for necessário. Aprendemos a valorizar quem esteve conosco nesses momentos e não nos supervalorizar-mos, nunca fazemos nada totalmente sozinhos.
Quando o quebra-cabeças da nossa vida vida está totalmente pronto Deus vem recolhe as peças coloca na caixa esperando o novo momento de ser montado novamente.
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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Ela a Depressão
Olho para tudo e nada vejo, tenho tudo e nada tenho. A alegria foi embora, o ânimo, quem é esse?
A palavra é não, não vou, não quero, não consigo.
Um mundo lá fora pulsando e eu aqui reduzida a quatro paredes, olhando o mundo por cima dos muros e pelas grades do portão. Vejo e ouço a vida pulsar lá fora, me incomoda, queria essa vida pulsando em mim.
Queria sair, trabalhar, ver amigos, ver pessoas, conversar, rir por qualquer bobagem, mas estou prisioneira, quem é meu carcereiro, eu mesma, me deixei sufocar por meus sentimentos, meus medos, minhas frustrações, pelo desanimo, pelas dificuldades e ela foi se instalando aos poucos, como quem não quer nada e hoje é a senhora do meu ser, da minha vontade, da minha vida.
Ela é a depressão, que tudo derruba, que se apodera de nosso ser, e que sozinha não tenho forças de manda-la embora; quero mas não consigo. Tão poderosa que não me deixa pedir ajuda, e quando consigo pedir, não sou compreendida, sou tachada de preguiçosa, de molenga, de não querer nada com nada e os dias vão passando todos iguais. Ao descobrir uma fresta, em uma luta desigual com ela, procuro ajuda profissional, compreensão, mas não sei me expressar e ela vai cada vez mais se agigantando impedindo que faça um tratamento, até que não me dou mais valor, família, trabalho, amigos, vida própria é como se não existissem mais. Estou aprisionada em mim mesma. O que pode me dar forças para lutar e vence-la, a vontade de recuperar minha vida, mas ela não deixa essa vontade tomar conta do meu ser.
Um olhar, um abraço, um sonho, o mar com sua força, o sol que pulsa de vida, a natureza com sua exuberância de vida, a oração com seu poder divino, não sei. Só sei que dentro de mim em algum lugar existe uma porta sem tranca que preciso abrir, oro para encontrar essa porta, como preciso dar passos ,não a encontro, sei que ela está lá, só esperando minha mão na maçaneta para abri-la e começar uma luta insana contra essa terrível depressão que me domina.
A palavra é não, não vou, não quero, não consigo.
Um mundo lá fora pulsando e eu aqui reduzida a quatro paredes, olhando o mundo por cima dos muros e pelas grades do portão. Vejo e ouço a vida pulsar lá fora, me incomoda, queria essa vida pulsando em mim.
Queria sair, trabalhar, ver amigos, ver pessoas, conversar, rir por qualquer bobagem, mas estou prisioneira, quem é meu carcereiro, eu mesma, me deixei sufocar por meus sentimentos, meus medos, minhas frustrações, pelo desanimo, pelas dificuldades e ela foi se instalando aos poucos, como quem não quer nada e hoje é a senhora do meu ser, da minha vontade, da minha vida.
Ela é a depressão, que tudo derruba, que se apodera de nosso ser, e que sozinha não tenho forças de manda-la embora; quero mas não consigo. Tão poderosa que não me deixa pedir ajuda, e quando consigo pedir, não sou compreendida, sou tachada de preguiçosa, de molenga, de não querer nada com nada e os dias vão passando todos iguais. Ao descobrir uma fresta, em uma luta desigual com ela, procuro ajuda profissional, compreensão, mas não sei me expressar e ela vai cada vez mais se agigantando impedindo que faça um tratamento, até que não me dou mais valor, família, trabalho, amigos, vida própria é como se não existissem mais. Estou aprisionada em mim mesma. O que pode me dar forças para lutar e vence-la, a vontade de recuperar minha vida, mas ela não deixa essa vontade tomar conta do meu ser.
Um olhar, um abraço, um sonho, o mar com sua força, o sol que pulsa de vida, a natureza com sua exuberância de vida, a oração com seu poder divino, não sei. Só sei que dentro de mim em algum lugar existe uma porta sem tranca que preciso abrir, oro para encontrar essa porta, como preciso dar passos ,não a encontro, sei que ela está lá, só esperando minha mão na maçaneta para abri-la e começar uma luta insana contra essa terrível depressão que me domina.
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domingo, 28 de dezembro de 2014
Semeando Harmonia
Temos sempre em nós que precisamos agradar para sermos aceitos. Queremos ter maioria de suas convicções. Quantas vezes deixamos de fazer o que gostamos, ou pensamos para agradar alguém. Como ser nós mesmos em um mundo tão globalizado, temos amigos por causa das redes sociais e facilidades de mudança, de viagens, no mundo inteiro.
Segundo a nossa critica, aceitamos ou não as pessoas do jeito que são. Quando é para nos aceitarem procuramos ser o mais possível parecidos com o novo amigo ou pelo menos pensar como ele mesmo que não tenha nada a ver.
Ou então seguindo a máxima de que os opostos se atraem, empurramos ao outro nosso modo de ser.
Já ouvimos muitas vezes que somos como uma cebola, com muitas camadas ou máscaras. Só que a cebola quando vamos retirando as camadas não sobra nada e nós quando vamos tirando nossas máscaras vamos vamos-nos revelando seja nosso melhor ou nosso pior.
Bom ou mau, melhor ou pior, tudo depende de quem vê ou da nossa autocritica. Nossa personalidade vai sendo formada conforme nossas experiências, nossas convivências. Trazemos caracteristicas no nosso DNA, que podem ser melhoradas, mas não mudadas.
Sempre queremos mudar, mudança sempre acaba sendo radical, precisaríamos ir nos aperfeiçoando segundo cada momento, muitas vezes até aperfeiçoar a mesma coisa a vida inteira, até termos harmonia interior.
Falamos muito de Paz, que precisamos de paz, o mundo precisa de paz, mas o que é paz sem harmonia interior?
Harmonia interior é estarmos bem conosco e com os que estão ao nosso redor, procuramos manter um equilíbrio exterior para ter equilíbrio interior, porém tem que partir de dentro para fora, preciso amar-me para amar o outro, perdoar-me para poder perdoar, ser alegre para transmitir alegria, ser grato para receber gratidão.
Ao revolvermos a terra do nosso ser, vamos jogando novas sementes e conforme as sementes que semeamos são os frutos que colhemos e que deixamos que as pessoas colham.
Opiniões e sentimentos mudam, mas quando são verdadeiros e estão enraizados em nós, nos trazendo harmonia, não tem que mudar para agradar ninguém, temos é que fazê-los crescer cada vez mais, para termos cada vez mais pessoas harmônicas ao nosso lado e assim o mundo ir encontrando a harmonia e finalmente a tão desejada paz entre as pessoas, entre os povos, imperando o respeito mutuo e a liberdade consciente.
Segundo a nossa critica, aceitamos ou não as pessoas do jeito que são. Quando é para nos aceitarem procuramos ser o mais possível parecidos com o novo amigo ou pelo menos pensar como ele mesmo que não tenha nada a ver.
Ou então seguindo a máxima de que os opostos se atraem, empurramos ao outro nosso modo de ser.
Já ouvimos muitas vezes que somos como uma cebola, com muitas camadas ou máscaras. Só que a cebola quando vamos retirando as camadas não sobra nada e nós quando vamos tirando nossas máscaras vamos vamos-nos revelando seja nosso melhor ou nosso pior.
Bom ou mau, melhor ou pior, tudo depende de quem vê ou da nossa autocritica. Nossa personalidade vai sendo formada conforme nossas experiências, nossas convivências. Trazemos caracteristicas no nosso DNA, que podem ser melhoradas, mas não mudadas.
Sempre queremos mudar, mudança sempre acaba sendo radical, precisaríamos ir nos aperfeiçoando segundo cada momento, muitas vezes até aperfeiçoar a mesma coisa a vida inteira, até termos harmonia interior.
Falamos muito de Paz, que precisamos de paz, o mundo precisa de paz, mas o que é paz sem harmonia interior?
Harmonia interior é estarmos bem conosco e com os que estão ao nosso redor, procuramos manter um equilíbrio exterior para ter equilíbrio interior, porém tem que partir de dentro para fora, preciso amar-me para amar o outro, perdoar-me para poder perdoar, ser alegre para transmitir alegria, ser grato para receber gratidão.
Ao revolvermos a terra do nosso ser, vamos jogando novas sementes e conforme as sementes que semeamos são os frutos que colhemos e que deixamos que as pessoas colham.
Opiniões e sentimentos mudam, mas quando são verdadeiros e estão enraizados em nós, nos trazendo harmonia, não tem que mudar para agradar ninguém, temos é que fazê-los crescer cada vez mais, para termos cada vez mais pessoas harmônicas ao nosso lado e assim o mundo ir encontrando a harmonia e finalmente a tão desejada paz entre as pessoas, entre os povos, imperando o respeito mutuo e a liberdade consciente.
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