quinta-feira, 21 de novembro de 2013

MEMÓRIA

  A nossa memória contém toda a nossa história desde o momento da nossa criação. Vamos passando pela vida, nos lembrando de momentos felizes e principalmente , momentos tristes (ficou alguma mal resolvida em nós), alguns momentos marcam nossas vidas com términos ou inicio de ciclos.
  Não damos importância à nossa memória, até o momento em que começamos a perguntar:
Onde deixei as chaves? Onde foi mesmo que guardei? Quando isso aconteceu? Quem é ele? Como se chama? Quando queremos contar um filme que já assistimos, um livro que lemos e gostamos, um acontecimento e pouco ou nada vem à nossa mente.
  Começa o medo do famoso Mal de Alzheimer. Queremos tomar remédio para a memória, fazer exercícios que dizem que é bom para ativar a memória.
  Não pensamos nunca, que deixamos a vida nos levar, sem nossa devida atenção, fomos agindo como robôs no piloto automático, sem darmos importância a cada instante ao que fazíamos, ao que sentíamos.        Tudo era guardado em nossa memória sem a participação da nossa vontade, era tão comum e rotineiro, que para nós não tinha importância, não pensamos que um dia poderíamos querer rever tudo isso.
  Como tudo é registrado em nossa memória independente de querermos ou não, muitas vezes lembramos de pessoas ou acontecimentos que estavam esquecidos.
  Quantas vezes encontramos pessoas ou passamos por lugares que temos a impressão de conhecer, de já ter visto, e ficamos com essa impressão um bom tempo, mas acabamos não dando maior importância.
  Nossa história, por menos que gostemos dela, é muito bonita. è uma evolução constante, não importa quantos anos, é uma pena que a vivamos como uma rotina de acordar, trabalhar e dormir, sem prestar nos pequenos detalhes ao nosso redor que fazem a magia e a evolução do nosso viver. Deixamos muitas coisas para trás.
  Mesmo que nos traga lembranças tristes, culpas, remorso, é importante voltarmos na nossa história, através de fotos, parentes, , ouvirmos os fatos pelos mais velhos e que muitas vezes até reclamamos de eles começarem novamente com suas histórias, precisamos querer saber mais de nós mesmos da nossa família, contarmos passagens de nossa vida para nossos filhos, para que sejamos pessoas melhores, corrigindo em nós o que não foi bom, perdoando a nós mesmos por não sermos perfeitos e falharmos tantas vezes por orgulho bobo, aprendendo a nos amarmos mais e amarmos os que fizeram e fazem parte de nossa existência.
  Nossa memória é muito rica e fértil, porque não nos aventurarmos por ela para novas e lindas descobertas?
 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

LUTA INTERIOR

  Há dias em que acordamos sabendo que temos que ir a algum lugar e ou fazer algo; queremos voltar a dormir e se possível acordar no dia seguinte.
  Porém o tempo não pára. 
  Levantamos e ficamos lutando com o ir e o não ir,o fazer e o não fazer; muitas vezes desistimos e não vamos ou não fazemos, acabamos perdendo grandes oportunidades de crescer, amadurecer, conhecer novas pessoas, novos ambientes, quebrar pré conceitos, ou simplesmente vencermos nossos medos, que poder ser nosso maior inimigo.
  Até chegarmos, ou fazermos suamos frio, travamos, choramos nos sentindo impotentes, inúteis, fracassados...
  No entanto quando decidimos verdadeiramente enfrentar, vemos, que o monstro não era tão grande; sentimos uma felicidade tão grande, que aquele pequeno entrave, que dentro de nós era enorme, toma seu tamanho real e vemos quantas oportunidades  de sentir alegria e  sensação de liberdade nós perdemos.
  Como monstro que é volta a nos atacar várias vezes, a cada novo ataque que decidimos enfrentar é sempre uma nova vitória, com suas alegrias próprias e imensa felicidade de prosseguir rumo à nossa liberdade interior. 

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

BAÚ DO ESQUECIMENTO

A tristeza diminui, a dor ameniza; às vezes até parece que passou, que tudo foi como um sonho ruim.
Seguimos em frente, novos rumos, novos planos, nova vida. A vida continuou, seguiu seu rumo, nos deixamos levar por ela, ou com dizem: vamos empurrando com a barriga.
Às vezes a lembrança aparece, mas a empurramos para o baú do que queremos esquecer. Vamos seguindo alegres, felizes, amando, criando, conhecendo novas pessoas, novos lugares, seguindo a rotina, mas sempre indo em frente.
Até que um dia uma palavra, uma cena de novela, de filme, uma reportagem, um som, um perfume, nos trás de volta toda a tristeza, a dor, o horror que sentimos naquele momento.
Parece que o baú do esquecimento não conseguiu mais guardar tudo o que lá estava guardado e explodiu. E agora que o momento não é mais o momento em que tudo se passou, como lidar com  a tristeza, a dor, a culpado será que fiz tudo ao meu alcance?
Lágrimas explodem mas não são suficientes para lavar a alma, palavras para expressar não saem.
Ao lembrar, vemos que em nossa vida tivemos momentos mais difíceis e saímos deles com experiência e maturidade maior, mas aquele momento que trancamos no baú do esquecimento, não foi assim, não teve gravidade tão grande muitas vezes, mas foi tão intenso que conseguiu sair de lá e nos fazer reviver tudo novamente, e querer fugir, comprar um baú mais potente se fosse possível, recomeçar ou simplesmente deixar doer até que toda a dor se acabe por ela mesma, a tristeza canse de ficar, as lágrimas parem de cair  e o sorriso volte a brilhar, a alegria se instale novamente, e as lágrimas sejam de felicidade por mais um momento vivido e revivido.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O QUE É AMAR?

O que é amar?
Esta é uma pergunta de difícil resposta. Costumamos relacionar amor com gostar de algo ou de alguém, mas é algo maior; algo que sentimos e não sabemos explicar.
Quantas vezes cuidamos de alguém que não gostamos ou não gostamos muito ou que nos maltratou e damos atenção, carinho, cuidamos de suas dores, tentamos amenizar suas dores físicas, mentais e espirituais, isso é o amor que está em nós e não compreendemos.
E nós nos amamos? Amar-se não é egoismo, egocentrismo, amar-se é cuidar-se, olhar suas necessidades e saber ir atrás do que é preciso para sentir-se bem, saber afastar-se do que não nos faz bem, do que não nos deixa crescer como individuo.
Não crescemos como pessoas ou indivíduos enquanto não nos amarmos, enquanto não percebermos que não amamos o que fazemos, não adianta alguém dizer que é bonito, que temos talento, temos um dom de Deus para alguma coisa, se não percebermos tudo isso em nós.
Não percebemos isso em nós porque somos orgulhosos, falsos humildes, críticos, queremos fazer tudo perfeito, porque nos ensinaram que somos capazes de sempre fazer o melhor, sermos os melhores em tudo.
Numa competição quem é valorizado? O que chegou em primeiro lugar, e os outros que se esforçaram (às vezes milhares de pessoas), não fizeram seu melhor? Porque são recebidos com se esforça mais, porque não estudou mais, o que aconteceu que não conseguiu, e vamos guardando todas essas frustrações ao longo da vida e não amamos o que fazemos, não nos amamos, sentimo-nos inúteis, incapazes, e quando fazemos algo que somos elogiados, admirados, não aceitamos, não acreditamos que é bom o que realizamos.
Quando começamos a nos amar e amar o que fazemos mudamos muitas coisas em nós e ao nosso redor e as pessoas não entendem que estamos renascendo para a vida, que nossa estrela finalmente está começando a brilhar como tantas estrelas brilham em um céu estrelado, umas mais outras menos, mas todas são um ponto lindo no céu a brilhar, fazendo a admiração de tantas pessoas e inspirando amor em tantos corações.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

AMOR, CONFIANÇA E RESPEITO O TRIPÉ DA VIDA

Amamos muitas pessoas, com amores diferentes.
Amamos com paixão, com amor terno, com amor de mãe, de irmãos, familiares e com amor de amizade.
Muitas vezes, misturamos em uma só pessoa muitas formas de amor e em cada fase sabemos como vencer situações, perdoar, brigar,  amar de novo com carinho e perseverar juntos por toda a vida seja qual for o laço que nos une.
Porém quando entra o desrespeito, fica muito difícil continuar amando, mas ainda conseguimos dar uma nova chance ao amor, conversar, sonhar e perseverar; mas quando a confiança é abalada ou ela termina, não tem como recomeçar o amor seja qual for ele.
Confiança é a base de qualquer relação, seja amor, amizade ou família. Como conviver com as duvidas, com as incertezas, com o ciúme?
É um sentimento que não sabemos exprimir, queremos acreditar na pessoa, mas algo impede essa plena confiança.
Quando a confiança é quebrada nunca mais é restituída, podemos dar o beneficio da dúvida, querer acreditar, querer ver uma mudança, mas o sentimento da desconfiança, corroe as entranhas e vai angustiando até que a angustia toma conta e o amor não tem mais lugar.
Um simples eu te amo, acredita em mim ou nunca mais eu faço isso, não tem valor e a confiança fica abalada.
Confiar é crer, e não acreditar. O amor é um balsamo para nossa vida quando existe confiança e respeito de um pelo outro em todas as circunstâncias da vida.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

SER UMA PESSOA

Nunca fui uma pessoa.
O que é ser uma pessoa?
Ser uma pessoa é ter sentimentos e vive- los, não somente adapta-los à convivência com os outros. É amar, ter ódio, tristeza, alegria, raiva, medo, insegurança, esperança, sonhos, desejos, lutar, desanimar, vencer, fracassar, ilusão, desilusão, poder, não ser nada, mudar, voltar, ir; tudo isso e muito mais, nossos pensamentos não param um segundo e nosso coração ou como quisermos chamar não para nunca de sentir.
Com tantos sentimentos, convivências e normas como ser uma pessoa, como viver sem ser moldada?
Nascemos em uma família, bairro, cidade, país e vamos sendo ensinados aos hábitos e costumes do local.
Sair dessas normas é ser rebelde ou não estar bem da cabeça dependendo da idade.
Não importa a idade que tenhamos se cinco ou 90, o que importa é fazermos parte do contexto que nos é apresentado e como cada um acha certo. 
Ao externarmos nossos sentimentos, opiniões ou tomamos atitudes que não são o que esperavam de nós; somos egoístas, não amamos mais, estamos ficando loucos, porém quantas vezes essas mesmas pessoas já fizeram isso e passamos por cima em nome da paz e do amor.
Ser uma pessoa é saber que temos dentro de nós muitos sentimentos, muitas vezes até contraditórios para nós mesmos e olhar dentro de nós e ao perguntar e agora que faço ouvir a resposta mesmo que essa resposta seja uma mudança radical de vida ou seja simplesmente dar um passo a mais, deixar a força interior que nasce em nós tomar conta de nosso ser e dar o primeiro passo, a primeira atitude vencida ganhamos mais ânimo e vamos vendo que ser uma pessoa é também ter vontade própria e fazer essa vontade prevalecer porque não é uma teimosia, mas nossos sentimentos e desejos.
Ser uma pessoa por inteiro é muito difícil e complicado, implica em nos conhecermos e descobrirmos em nós coisas de que não gostamos e nem sabíamos que tínhamos te tão escondido que estava dentro de nós, ao abrir o baú de nossos sentimentos coisas surpreendentes nos acontecem, mas isso  já é para um outro tema, o importante é que ao olharmos esse baú nos tornemos pessoas inteiras, se boas ou ruins os outros é que terão que trabalhar com suas opiniões, nós queremos é ser pessoas felizes, que realizam, vencem barreiras, vão à luta e tem principalmente paz interior, amor e respeito por si e pelos outros.

terça-feira, 16 de julho de 2013

PUXÃO DE ORELHA

Muitas vezes estamos trancados na nossa dor, nos nossos medos e inseguranças e não percebemos que estamos regredindo, que estamos presos aos nossos velhos conceitos.
Vem alguém nos dá um puxão de orelha, entendemos, não gostamos, doí, fere nosso orgulho, afinal estamos certos e querendo fazer o melhor, nos magoamos , ficamos tristes e perdemos nosso chão, mas tem sempre um mas, começamos a pensar em tudo que fazemos e sentimos e percebemos que estamos cometendo velhos erros e continuando a prejudicar os outros e a nós mesmos, não estamos ajudando a crescer, a pensar, a ter novas atitudes, a ver novas luzes.
Uma vez alguém disse que um bom tapa dado de baixo para cima não faz mal a ninguém, educa; hoje eu digo um bom puxão de orelha dado com sabedoria e amor muda atitudes.

sábado, 13 de julho de 2013

Quando o amanhã não chega

O amanhã nem sempre é um novo dia. Tem momentos em nossas vidas que o amanhã é um novo recomeço, uma nova idéia, uma expectativa que se realiza. 
Em outros momentos passam as noites, passam os dias e um novo amanhã não chega, estamos presos no labirinto de nossos pensamentos, de nossos sentimentos, nossas incertezas e até se alguém a quem amamos terá um amanhã. 
Não sei qual dói mais, se a certeza de que não haverá um amanhã ou a incerteza se haverá ou não.
Como explicar que estamos falando com alguém e no momento seguinte não há mais amanhã, sua vida se extinguiu em seus braços, em sua boca, ou então estamos conversando ao telefone, desligamos e dali a pouco recebemos a noticia que o amanhã não chegará mais para ela ou que ela resolveu que não quer mais amanhãs em sua vida, cansou da luta.
Como entender que alguém que foi criado de um sonho, de um amor entre duas pessoas não queira ter mais amanhãs, esteja novamente em uma cama de hospital sem desejo de luta, de recomeçar ao invés de acabar, quando já foi testemunha da luta pela vida de alguém que não tinha como lutar, mas deixou o hoje com um sorriso nos lábios, paz e alegria no coração.
Como seria bom se sempre houvesse a esperança de um amanhã todo colorido e não a sombra cinzenta de não haver um amanhã.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Voltando ao espelho

Volto ao espelho e o que vejo?
Vejo o medo não da menina assustada, mas da mulher que cresceu e não entende como conviver com tantas mudanças, conviver com o não, com a indisponibilidade, com ter vida própria, ter saudades e não ir correndo ver, entender que as pessoas continuam precisando dela e que ela sabe que a estrada que vai ao encontro é a mesma que vem ao encontro e como ela agora tem seus próprios interesses, não vai, e eles também não fazem o caminho até ela.
Crescer, amadurecer, mudar é difícil, no entanto quando se dá o primeiro passo nessa estrada, não tem retorno, ao querer voltar seja por medo, por solidão, por saudade ou por não saber como prosseguir, o caminho percorrido foi se transformando com as atitudes, as decisões, os sentimentos e ao querer voltar tudo está diferente. 
Entre sorrisos, lágrimas, fracassos, vitórias, tristezas e alegrias vejo que é necessário abrir com muita saudade e teimosia o terem muita saudade e virem até mim, ficar sem correr para ver, saber esperar o momento da saudade do outro mesmo que demore muito, mesmo sabendo que perco muitos momentos bonitos e importantes, até para me sentir  amada depois de me sentir abandonada. 
Olho para o espelho e vejo a lágrima que rola com tantos sentimentos porém sei que vai chegar o momento da lágrima de pura felicidade, do momento em que a estrada vai e vem.
Espelho, espelho meu, o que ainda tens para me mostrar?

terça-feira, 25 de junho de 2013

EU X eu

Quando os sentimentos começam a brigar entre si, a luta pelo crescimento, pela liberdade, amadurecimento, renovação, quem sou e quem gostaria de ser ou como gostaria de ser, ou melhor ainda o que posso ou preciso mudar em mim está florescendo. 
Como é difícil mudar qualquer coisa em nós mesmos. Temos medo de como as pessoas vão nos ver, das comparações, das criticas, das rejeições, do como você mudou, do que te fiz para me tratar assim, do você não gosta mais de mim, do credo como você é egoísta, nunca pensei que você fosse assim, te ajudei e na hora que preciso cadê você; e por aí o rosário de palavras e sentimentos vão sendo desfiado sobre nós e a luta que já era difícil começa a se tornar impossível.
Começamos a lutar conosco uma luta do bem e do mal, uma luta desigual, se sempre fomos bons (segundo a opinião dos outros) não queremos ser maus e nos agredimos e machucamos, o eu menor que está começando a brotar, desiste por medo de sofrer, de não ser aceito, de ficar só, de ser rejeitado.
Se éramos ruins (segundo as mesmas opiniões) o eu brotinho fica com medo de quebrar a armadura que o Eu vestia para se defender e sofrer tudo que sofreu antes de vestir a armadura e desiste de crescer, de renovar-se.
Quando o conflito interior é muito grande nos isolamos, não porque queremos, mas porque não encontramos ouvidos que nos ouçam de verdade, que entendam a luta que estamos travando e não venham com comentários bobos, ou  com isso não é nada, ou quando começamos a falar aproveita uma respiração nossa para despejar sobre nós os seus problemas, angustias e opiniões, muitas vezes nos ferindo ainda mais.
Nossa luta é só nossa, precisamos focar pelo que estamos lutando e depois de vencida a luta percorrer os caminhos surgidos por ela, nunca esquecendo de regar as flores que forem aparecendo no caminho, e arrancando as ervas daninhas mesmo floridas.
EU X eu, sabedoria, fortaleza, fé e paz, momento em que tudo isso parece que desaparece de dentro de nós.