segunda-feira, 3 de agosto de 2020

A natureza nos ensinando

                                                                           


Estava olhando o jardim, vendo as borboletas voando alegres e os passarinhos cantando a gratidão da vida do sol de hoje, da chuva da semana passada que saciou a sede de toda a natureza, tornando tudo mais vivo e bonito.
A Pantera, uma viralatinha de 3 meses mordiscando minhas pernas com seus dentinhos afiados, impaciente por me ver parada e não brincando com ela.
Comecei a pensar como eles só nos pedem atenção, amor e alimentação, aliás essa é insaciável, parece um avestruz vestido de cachorro, nada escapa e tudo é doce manjar para ela.
Tenho também dois gatos irmãos mas diferentes em tudo, personalidades próprias, um pacato, a outra elétrica como a cachorrinha.
Tento dar liberdade de serem animais, não os substitutos das minhas crianças que cresceram. Brinco com eles, andam pela casa toda, ficam comigo quando querem e quando é mais interessante para eles vão para o quintal, brincar, deitar ao sol ou fazer arte com meus vasos e o que puderem ou alcançarem mexer.
Gosto de me sentir livre e é isso que tento fazer com eles, vejo muitos animaizinhos que são como bonequinhos de luxo para seus donos, são o centro da casa, e as pessoas acabam se esquecendo de si mesmas para só pensar neles; como fazemos com nossas crianças.
Temos uma necessidade muito grande de nos projetarmos no outro, porque nossos pais se projetaram de alguma forma em nós. Não digo que é uma regra geral, mas quem nunca fez algo porque seu pai ou sua mãe sonhava em fazer e nunca fez e fizemos o mesmo com nossos filhos esperando algo que não fizeram ou como nós fizeram. 
Não digo que é errado esperar algo de alguém ou de um animal, ou fazer para satisfazer alguém, esses são os ciclos da vida.
O que faz frustar, ficar deprimido é esperar com ansiedade e quando não acontece nos angustiamos ou sentimos fracassados. Hoje com o momento que vivemos temos que pensar ou repensar nossos valores, destruir hábitos e construir outros com mais respeito, amor, compaixão por nós mesmos e por todos e isso é muito difícil porque temos que abrir mão de prazeres e de egoísmo, ou seja reconhecer que todos temos umbigo e não dá para ficar olhando só pro nosso.
Com o passar do tempo espero que a natureza que está aí tão bela, colorida como uma primavera e alegre com o cantar dos pássaros  nos ensine a ser livres, alegres e simples.


                                                                      

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