terça-feira, 3 de dezembro de 2013

POR QUE NOS SENTIMOS COMO VITIMAS

Nascemos guerreiros (as).
Lutamos para nascer e vencemos, lá estamos nós dando nosso grito de guerra, nosso primeiro choro, ninguém percebe que choramos, porque estamos cansados do esforço de nascer, tem barulho excessivo, está frio ou calor, choramos novamente e começa nossa vida de coitadinho.
Coitadinho está com fome ou então está com a fralda suja, com cólica e o que faz parte do nosso dia a dia de crescimento ouvimos vários coitadinhos por dia.
Somos pessoas dependentes de adultos que cuidem de nós, que nos valorizem por cada dia que vencemos e ao invés disso ouvimos, como é pequeno, grande, magro gordo, chorão, manhoso: então quando crescemos mais um pouco começamos a mostrar nossas habilidades, vem o não mexa aí, não sobe, você vai cair, fica quieto, chega, como você cansa, estou exausta, trabalhei o dia inteiro, quero descansar e você não para um minuto.
Toda nossa alegria por uma grande vitória para nós, vem acompanhada de um como conseguiu, que bom, que lindo, como está grande, e depois uma enxurrada das palavras que nos diminuem e vamos nos sentindo ao longo dos anos, inúteis, incapazes, frustrados, infelizes e vitimas de nós mesmos do que ouvimos na infância e fomos guardando dentro de nós como verdades.
Perdemos a capacidade de nos aventurar, de sonhar, de brincar, de observar pequenos detalhes ao nosso redor.
Como nascemos guerreiros vencemos inúmeras dificuldades e situações e continuam a nos fazer de vitimas, com os comentários como é guerreiro (a), mas "coitado (a)"  não merecia isso, como sofre, não dá certo na vida e apesar de no começo sermos valorizados, nos sentimos cada vez mais como vitimas.
Dar a famosa volta por cima, não é nada simples, porém se procuramos ajuda e a força inata dentro de nós e vamos à luta como no momento do nosso nascimento e se aprendemos a nos dar valor em cada pequena conquista terminamos por ser realmente a pessoa vitoriosa do momento que fomos concebidos ao momento que nascemos e damos nosso grito de guerra.

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