São tantos os conflitos que habitam em nós. Amor/desamor, alegria/tristeza, plenitude/vazio total, sabedoria/nada sei, fé/não acredito, encontros/desencontros.
Quantas vezes, para não sofrermos deixamos para lá o que estamos sentindo, deixamos para resolver depois, vamos ou deixamos de ir, porque simplesmente não queremos viver nossos conflitos interiores, não queremos olhar dentro de nós mesmos e ver o que está mal resolvido; quais sentimentos estamos sentindo, quais são nossos medos, quais as atitudes que temos que tomar e não tomamos por medo ou em nome de não começar uma briga. Quais são nossos reais medos?
Os anos vão passando, os conflitos continuam, alguns nos incomodam, mas nos sentimos incapazes de solucioná-los. Outros deixamos guardados tão profundamente que nem lembramos que existem.
Porém em um determinado momento surgem com força total, por uma palavra ouvida, um encontro, uma situação de vida e então é a hora em que somos cobrados por deixá-los tanto tempo esquecidos.
A dor é grande e dói mais ainda por nos sentirmos novamente incapazes de resolve-los. Chegou a hora de sermos honestos conosco mesmos, de tomarmos uma atitude, de mesmo doendo jogar para fora o que estava há tanto tempo guardado e tirar essa carga de nossos ombros.
Chorar por ter feito sempre é muito melhor que chorar por nada fazer.
Conflitos sempre vão existir, o importante é olhá-los de frente, se forem interiores olhar dentro de nossos olhos e deixar que o amor que temos por nós mesmos, tome a melhor solução, mesmo que seja a mais dolorida.
Se for com outra pessoa, deixar que nosso amor por ela, a afeição ou pelo menos o que um dia ela representou para nós, e tomar a resolução; não a certa, porque a certa não existe, em cada momento, em cada situação uma é certa; mas a que brota da ternura que ainda existe, ou que um dia existiu, e que mesmo que as lágrimas venham, deixar vir, lágrimas são bálsamo para nosso coração, para nossa paz interior.
O mundo já tem tantos conflitos, não podemos resolver todos, mas podemos resolver os nossos e ao nosso redor, para fazer de nossa vida um pequeno oásis, mesmo com algumas tempestades de areia que sempre surgirão.
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