quinta-feira, 12 de setembro de 2013

BAÚ DO ESQUECIMENTO

A tristeza diminui, a dor ameniza; às vezes até parece que passou, que tudo foi como um sonho ruim.
Seguimos em frente, novos rumos, novos planos, nova vida. A vida continuou, seguiu seu rumo, nos deixamos levar por ela, ou com dizem: vamos empurrando com a barriga.
Às vezes a lembrança aparece, mas a empurramos para o baú do que queremos esquecer. Vamos seguindo alegres, felizes, amando, criando, conhecendo novas pessoas, novos lugares, seguindo a rotina, mas sempre indo em frente.
Até que um dia uma palavra, uma cena de novela, de filme, uma reportagem, um som, um perfume, nos trás de volta toda a tristeza, a dor, o horror que sentimos naquele momento.
Parece que o baú do esquecimento não conseguiu mais guardar tudo o que lá estava guardado e explodiu. E agora que o momento não é mais o momento em que tudo se passou, como lidar com  a tristeza, a dor, a culpado será que fiz tudo ao meu alcance?
Lágrimas explodem mas não são suficientes para lavar a alma, palavras para expressar não saem.
Ao lembrar, vemos que em nossa vida tivemos momentos mais difíceis e saímos deles com experiência e maturidade maior, mas aquele momento que trancamos no baú do esquecimento, não foi assim, não teve gravidade tão grande muitas vezes, mas foi tão intenso que conseguiu sair de lá e nos fazer reviver tudo novamente, e querer fugir, comprar um baú mais potente se fosse possível, recomeçar ou simplesmente deixar doer até que toda a dor se acabe por ela mesma, a tristeza canse de ficar, as lágrimas parem de cair  e o sorriso volte a brilhar, a alegria se instale novamente, e as lágrimas sejam de felicidade por mais um momento vivido e revivido.

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