segunda-feira, 15 de abril de 2013

VENDO O MEDO ATRAVÉS DA DANÇA

Em um ensaio, cantores, atores, diretores, produção foram expressando através da coreografia, as expressões, o medo, alienação, de quem vive em um hospício, com cada gesto vamos percebendo que o medo faz parte daquelas vidas, que por não participarem dos acontecimentos diários do mundo, e começamos a pensar o que existe tão forte dentro de nós, que mesmo em um mundo alienado o medo é uma constante, ao expressar gestos de liberdade a prisão interior está em muitos presente e a liberdade é só um gesto.
Em outro grupo ensaiando no cotidiano, percebemos o medo em todos os momentos, o suavisar de uma expressão quando vai se libertando do medo e se integrando ao dia a dia é muito gostoso de ver e sentir, porém logo em seguida parecem robôs fazendo o que todos fazem, como se um fio invisível os maneja-sem como marionetes, no grito de liberdade, expresso ou preso na garganta, todos procuram saídas, e em cada gesto, vamos percebendo a angústia aflorando, outras vezes sendo represada, pedidos de ajuda, que muitas vezes não são ouvidos ou então são ignorados.
Sentir-se livre são apenas momentos vividos em um mundo que nos massacra, nos pressiona, e quando encontramos uma mão amiga, nos apoiamos totalmente sobre ela, mas a pessoa que nos ajuda também está sendo pressionada e prisioneira de seus medos e suas angustias, e quando é ela a precisar de ajuda, não encontra e segue caminhando e tentando escapar da sua prisão interior como os outros e também não sendo ouvida, até que em um determinado momento todos se unem e vão em busca da liberdade de cada um e todos embora de maneiras diferentes conseguem libertar-se e viver as pressões exteriores criando suas próprias válvulas de escape, cantando, tocando falando, lendo, ou simplesmente voltando-se para seu eu interior.

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